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Temas de Arqueologia - 9.ª Edição turma Conferência 4

Apresentação

O Município da Figueira da Foz, através da Divisão de Museu, Património e Núcleos, tem vindo a promover, anualmente, em parceria com a Universidade Sénior da Figueira da Foz (USFF), no âmbito da sua disciplina de Património Cultural, o Ciclo de Conferências “Temas de Arqueologia”. Esta iniciativa, que decorrerá no Auditório Municipal Madalena Biscaia Perdigão, procura dar resposta aos interesses da comunidade escolar universitária e do ensino secundário, abordando temas de Arqueologia, de Arte, de História e de História Local, entre outras áreas de saber. Estas sessões conferem certificação pelo Centro de Formação da Associação de Escolas Beira Mar e, para além do público privilegiado da Universidade, as aulas/conferência são abertas à comunidade, sejam seniores ou jovens, professores ou estudantes, historiadores e investigadores. A 9.ª edição dos “Temas de Arqueologia” pretende integrar quatro conferências que vão ao encontro dos eixos estratégicos do Município, abordando temáticas da ciência arqueológica no âmbito territorial do Concelho.

Destinatários

Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico, Secundário e Educação Especial

Releva

Despacho n.º 5741/.2015 - Enquadra-se na possibilidade de ser reconhecida e certificada como ação deformação de curta duração a que se refere a alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 22/2014.

Conteúdos

Conferência 1 "O contributo de antigas coleções de arqueologia para o avanço do conhecimento científico – o mundo das reservas de arqueologia nos museus e gabinetes de arqueologia portugueses" Nuno Oliveira | Universidade do Minho Resumo: Esta palestra tem como objetivo principal demonstrar a importância das reservas arqueológicas no contexto da investigação arqueológica e do ensino de arqueologia em Portugal. Trataremos, igualmente, de algumas questões ou problemas que estas reservas de materiais colocam ao investigador e à administração pública, de maneira geral. Procura-se apresentar, através de vários exemplos práticos, o estado, o valor e a diversidade de espólio à guarda das várias instituições que tutelam e administram o património arqueológico móvel português. Conferência 2: "António dos Santos Rocha no estrangeiro. Viajar e visitar museus de Arqueologia na viragem do século. Maio e junho de 1899" Ana Margarida Ferreira | Museu Municipal Santos Rocha, Município da Figueira da Foz Resumo: Em final de abril de 1899, a instalação do museu arqueológico da Figueira da Foz encontrava-se concluída. A 1 de maio, o seu fundador e conservador, António dos Santos Rocha partiu para o estrangeiro em busca de “elementos de estudo” que não tinha em Portugal. Durante dois meses viajou pela Europa e visitou os principais museus de Roma, Nápoles, Florença, Paris e Genebra. Através de um pequeno caderno de viagem e alguns apontamentos avulsos, conseguimos seguir o olhar do “nosso homem”, os seus interesses, sensibilidade e busca de conhecimento. Conferência 3: "Monumentos epigráficos romanos no Museu Municipal Santos Rocha" José d’Encarnação | Professor catedrático aposentado de História e Arqueologia, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; Membro efetivo da Academia de Ciências de Lisboa; Académico de mérito da Academia Portuguesa da História Resumo: Não fugiu Santos Rocha ao fascínio das antigas pedras com letras. Bem sabia quanto essas mensagens, devidamente decifradas e integradas na época que as vira nascer, consignavam em si um manancial informativo único, porque original, contemporâneo do momento em que haviam sido gravadas. Não hesitou, pois, em trazer para o seu museu o que, nesse âmbito, lhe fora dado encontrar. Cumpre-nos, hoje, mostrar que estava inteiramente dentro da razão. Conferência 4: "Diálogos entre o Cinema e a Arqueologia" Autor: André Santos | Professor Auxiliar do Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Resumo: Com esta comunicação pretende-se, como está implícito no nome, explorar as relações entre estas duas criações da modernidade. De facto, as referências à Arqueologia ou ao seu objeto de estudo são recorrentes no cinema, encontrando-se numa série de filmes produzidos desde o período do mudo até à atualidade, tendo ainda saído em finais de 2024 um dos mais interessantes exemplos deste diálogo. Estes filmes abordam aspetos do passado ou tomam como “mcguffins” objetos e sítios arqueológicos. Os profissionais são igualmente representados numa ampla variedade de retratos que vão da fidelidade, desde logo em filmes documentais, à pura fantasia. Mas o cinema pode, mesmo no âmbito da ficção, tecer interessantes diálogos com o passado, por vezes mais implícitos que explícitos, ou podem os objetos materiais do passado servirem de mote para as reflexões sobre o cinema, como o fez André Bazin. Em contrapartida, a arqueologia também começa a incorporar o cinema no seu campo de reflexão, quer através de uma arqueologia do cinema, que estuda os vestígios materiais deixados pelas rodagens de filmes, quer estendendo os limites temporais do pré-cinema à Pré-história mais profunda, quer, finalmente, integrando na sua própria reflexão as reflexões sobre o cinema.

Anexo(s)

AFCD 366

Início: 26-02-2025
Fim: 26-02-2025
Acreditação: CFAEBM-392425
Modalidade: ACD
Pessoal: Docente
Regime: Presencial
Duração: 3 h
Local: Auditório Municipal Madalena Biscaia Perdigão, Figueira Foz

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